Nova Clinica Luz - Como a Síndrome de Cushing atua no organismo?

Como a Síndrome de Cushing atua no organismo?

Na síndrome de Cushing, os níveis de corticosteroides são excessivos, geralmente devido à superprodução pelas glândulas adrenais. 

A síndrome de Cushing normalmente é causada por um tumor hipofisário que faz com que as glândulas adrenais produzam corticosteroides em excesso.

A síndrome de Cushing também pode ser resultante de tumores em outros locais (como os pulmões) ou quando a pessoa recebe corticosteroides para tratar outros problemas de saúde. As pessoas com síndrome de Cushing normalmente acumulam gordura excessivamente em todo o torso, apresentam a face grande e redonda e a pele delgada.

Os médicos medem o nível de cortisol para detectar a síndrome de Cushing. Cirurgia ou radioterapia muitas vezes são necessárias para remover um tumor.

As glândulas adrenais podem produzir corticosteroides em excesso devido a um problema nas glândulas adrenais ou a um grande estímulo pela hipófise. Uma anormalidade na hipófise, como um tumor, pode fazer com que a hipófise produza grandes quantidades de corticotrofina, o hormônio que controla a produção de corticosteroides pelas glândulas adrenais (um quadro clínico conhecido como doença de Cushing). Tumores externos à hipófise, como o câncer pulmonar de pequenas células ou um tumor carcinoide nos pulmões ou em outro lugar no corpo, também podem produzir corticotrofina (um quadro clínico chamado de síndrome de corticotrofina ectópica).

A síndrome de Cushing também pode se desenvolver em pessoas que precisam usar grandes doses de corticosteroides devido a uma doença grave. Aqueles que precisam tomar grandes doses têm os mesmos sintomas daqueles que produzem muito hormônio. Os sintomas podem ocorrer ocasionalmente mesmo se os corticosteroides forem inalados, como no tratamento da asma, ou usados topicamente no tratamento de uma doença de pele.

Doença De Cushing

A doença de Cushing é um termo dado especificamente à síndrome de Cushing causada por um estímulo excessivo das glândulas adrenais, normalmente devido a um tumor hipofisário. Nesse distúrbio, as glândulas adrenais estão hiperativas, porque a hipófise está fornecendo um estímulo excessivo a elas, e não porque elas têm algum problema. Os sintomas da doença de Cushing são semelhantes aos da síndrome de Cushing. A doença de Cushing é diagnosticada por meio de exames de sangue ou, às vezes, por meio de exames de urina e saliva. A síndrome de Cushing é tratada com cirurgia ou radiação para remover o tumor hipofisário. Se a remoção do tumor hipofisário não for bem-sucedida, é possível remover as glândulas adrenais cirurgicamente.

Sintomas

Corticosteroides alteram a quantidade e a distribuição da gordura corporal. Ocorre o desenvolvimento de um excesso de gordura em todo o tronco e ele pode ser especialmente notado na parte superior das costas (o que, às vezes, é chamado de giba de búfalo). Uma pessoa com síndrome de Cushing normalmente tem uma face grande e redonda (rosto de lua cheia). Braços e pernas são normalmente mais finos em proporção ao tronco espessado. Músculos perdem massa, o que leva à fraqueza. A pele torna-se delgada, apresentando hematomas facilmente provocados e dificuldade de cicatrização de contusões e feridas. Marcas arroxeadas semelhantes a estrias podem aparecer no abdômen e no tórax. Pessoas com síndrome de Cushing tendem a se cansar facilmente.

Ao longo do tempo, níveis elevados de corticosteroides aumentam a pressão arterial, enfraquecem os ossos (osteoporose) e diminuem a resistência às infecções. O risco de desenvolver cálculos renais e diabetes aumenta, e podem ocorrer transtornos mentais, incluindo depressão e alucinações. Mulheres geralmente apresentam um ciclo menstrual irregular. Crianças com síndrome de Cushing crescem lentamente e permanecem com baixa estatura. Em algumas pessoas, as glândulas adrenais também produzem grandes quantidades de andrógenos ( testosterona e hormônios similares), que causam um aumento na quantidade dos pelos faciais e corporais além de queda de cabelos em mulheres.

Diagnóstico

Medir o nível de cortisol na urina, saliva e/ou sangue. Às vezes, outros exames de sangue e de imagem

Quando os médicos suspeitam de síndrome de Cushing, eles medem a concentração de cortisol, que é o principal hormônio corticosteroide. Normalmente, os níveis de cortisol são elevados de manhã e mais baixos no fim do dia. Em pessoas que desenvolveram a síndrome de Cushing, os níveis de cortisol são muito elevados durante todo o dia. A concentração de cortisol pode ser medida por meio de exames de urina, saliva ou de sangue.

Se os níveis de cortisol estiverem elevados, os médicos podem recomendar um teste de supressão com dexametasona. A dexametasona inibe a hipófise, o que deveria causar a supressão da secreção de cortisol pelas glândulas adrenais. Se a síndrome de Cushing for provocada por um excesso de estímulos da hipófise, o nível de cortisol cairá até certo ponto, embora não tanto quanto nas pessoas que não apresentam a síndrome de Cushing. Se a síndrome de Cushing tiver outra causa, o nível de cortisol permanecerá alto. Um nível alto de corticotrofina sugere ainda a superestimulação da glândula adrenal.

Exames de imagem podem ser necessários para determinar a causa exata, incluindo uma tomografia computadorizada (TC) ou uma imagem por ressonância magnética (RM) da hipófise ou das glândulas adrenais e uma radiografia peitoral ou TC dos pulmões. Entretanto, esses exames podem ocasionalmente não encontrar o tumor.

Tratamento

Dieta com alto teor de proteína e potássio. Medicamentos que reduzem os níveis de cortisol ou bloqueiam os efeitos do cortisol.

Cirurgia ou radioterapia

O tratamento depende de onde está o problema: nas glândulas adrenais, na hipófise ou em outro lugar. A primeira medida que a pessoa pode tomar para tratar a síndrome de Cushing é ajudar a condição geral de saúde ao seguir uma dieta com alto teor de proteína e de potássio. Às vezes, são necessários medicamentos que aumentam a concentração de potássio ou reduzem o nível de glicose (açúcar) no sangue.

Cirurgia ou radioterapia podem ser necessárias para remover ou destruir um tumor hipofisário.

Tumores nas glândulas adrenais (normalmente adenomas) frequentemente podem ser removidos cirurgicamente. Ambas as glândulas adrenais podem ter que ser removidas se esses tratamentos não forem eficazes ou se não houver tumor. Pessoas que têm suas duas glândulas adrenais removidas, e muitas pessoas que têm parte de suas glândulas adrenais removidas, devem tomar corticosteroides por toda a vida.

Tumores externos à hipófise e às glândulas adrenais que secretem hormônios em excesso normalmente são removidos cirurgicamente.

Alguns medicamentos, como a metirapona ou o cetoconazol, podem reduzir os níveis de cortisol e podem ser usados enquanto se aguarda um tratamento mais definitivo, como uma cirurgia. Também é possível usar a mifepristona, que pode bloquear os efeitos do cortisol. As pessoas com casos leves de doença persistente ou recorrente podem se beneficiar do medicamento pasireotida, embora ela tenha a tendência para causar ou piorar o diabetes. Ocasionalmente, também pode se utilizar cabergolina. A pasireotida e a cabergolina diminuem a capacidade da corticotrofina de estimular a produção de cortisol pelas glândulas adrenais.

Caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a Nova Clínica Luz. 

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